Michel!@

1958 - 2009 -> A única certeza que temos...

MICHEL!@

Trilha Sonora do Filme More – Pink Floyd [Faixa a Faixa]

O terceiro disco do Pink Floyd, é a trilha sonora do filme Francês “More”, de 1969, é também o primeiro disco da banda sem Sid Barret, fundador e considerado “O gênio louco do Pink Floyd”, que havia deixado a banda um ano antes, após o lançamento do segundo disco – “A Saucerful of Secrets”, nesta época ele já havia pirado, antes mesmo da banda fazer sucesso e transformar-se no que é hoje.

Na trilha sonora, composta e executada pelo Pink Floyd, para o filme, encontramos desde baladas acústicas folks (ainda em desenvolvimento), hard-rocks, de fazer inveja aos roqueiros da época e algumas faixas instrumentais ou experimentais! O disco é bem harmônico e espacial, eles utilizam alguns dos recursos que os tornariam como sendo a mais importante banda de rock progressivo de todos os tempos. LSD – Luz, Som e Dimensão!

A viagem começa com “Cirrus Mind” trazendo sons de pássaros, um minuto de vocal, extremamente calculado, mais passários, trazendo um clima bucólico da igrejinha perto do rio e dando pista de como deverá ser a trilha sonora. Ledo engano (como era de se esperar de uma trilha do Pink Floyd). “The Nile Song” é a segunda faixa da trilha, um fantástico hard-rock!



I was standing by the nile
Whe I saw the lady smile.
I would take her out for a while,
For a while. light tears wept like a child.

Na próxima é “Crying Song”, voltamos às baladas calmas. Clima seco agora, uma letra bem simples e um belo vocal completa a faixa. Neste ponto, nota-se a antítese da banda em confundir, se gostar ok, senão f***ks!

Na faixa quatro “Up the Khynber”, uma instrumental com experimentalismos, tocam como se fosse uma “Jam Session”, porém, o resultado é atingido. A próxima faixa é "Green Is the Colour" mais uma singela e fantástica balada acústica.


A faixa seis da trilha sonora “Cymbaline” – (veja o vídeo do filme "More" com a música - abaixo) na sua segunda versão (especial para o filme). Uma bela balada, boa para viajar! Para a curiosidade de um grande amigo aí vão alguns dos significados de Cymbaline:



1) Folclore: “Cymbaline”, é o nome de um Místico Rei Celta Britânico também conhecido como “Cunobelinus”.

2) Militar: “Cymbaline”, é um artefato bélico usado para localizar radares.

3) Artes: “Cymbaline” é uma peça teatral de William Shakespeare (século. XV - 1611), também baseada em “Cunobelinus”. Alguns críticos frequentemente classificam “Cymbaline”, a peça, como um romance como Othelo, por exemplo. O mote da peça é o usual da época e junta inocência e ciúmes.

As faixas sete e oito, respectivamente, trazem sons instrumentais. A primeira “Party Sequence” é baseada em tambores africanos e funciona como um belo sequence-live. A segunda “Main Theme” é quase uma surf-music um pouco mais lenta! (a nave está andando mais rápido agora)

Na faixa nove voltamos aos hard-rock “Ibiza” (local onde foi gravado o filme), com guitarras rasgadas e um ótimo riff é como se fosse a segunda parte de “The Nile Song”.

I'm so afraid of the mistakes that I made
Taking every time that I wake
I feel like a hard-boiled and cut-up man
So give me a time when the countries will lie on the storyline if kind

A próxima é “More Blues” traz o blues do Pink Floyd, instrumental, onde a guitarra geme e geme! Deixa um gostinho de quero mais! Fazendo lembrar a origem do nome da Banda - que é uma junção dos nomes de dois bluesmans: Pink Andrerson e Floyd Council.

Voltando as faixas instrumentais “Quicksilver” parece ter sido composta para um filme de terror! Inclusive com trovões no inicio e fechando com um super-órgão ao fundo dando o clima.

“Spanish Piece” traz um dialogo de alguém enchendo a cara e falando sobre o amor piegas (Como Wander Wildner Y Sus Comancheros) com o som de violas Andaluzas/flamenco! Boa faixa para pré-encerrar a trilha, faz lembrar também das praias do sul da Espanha com muitas pedras, muitas conchas e o calor infernal nas costas!

Pass the tequila, Manuel (glug, snort)
(Passa me a tequila, Manuel)
Listen, gringo, laugh at my lisp and I kill you
(Ouça, gringo, ria do meu gole e eu mato você)
I think
(Eu acho)
This Spanish music
(Esta música espanhola)
It sets my soul on fire
(Este lugar incendeia minha alma)
Lovely seniorita
(Amável senhorita)
Your eyes are like stars
(Seus olhos são como estrelas)
Your teeth are like pearls
(Seus dentes são como pérolas)
Your ruby lips
(Seus lábios são rubis)

Fechando a trilha “Dramatic Theme”, é mais uma instrumental regada a guitarras rasgadas! Pronto, a atmosfera está pronta para o filme...

Álcool e Rock'n Roll

Como já dizia o Jânio Quadros: "Bebo porque é liquido. Se fosse sólido, comê-lo-ia.” e aproveitando que já é sexta-feira (dia internacional da cerveja) faço uma pequena lista de bandas e caras que exaltaram a manguaçá direta ou indiretamente na goela, digo nas suas músicas!

Chico Science & Nação Zumbi: Em "A Praiera" Chico descreve com perfeição a melhor hora para o leitinho das crianças!

No caminho é que se vê, a praia melhor pra ficar

Tenho a hora certa pra beber

Uma cerveja antes do almoço

É muito bom pra ficar pensando melhor!

De Leve – “Caipirinha Man” - Acabou a dose de whisky e não tem mais nota de cem? Chame o Caipirinha Man! Quase esqueci desta daqui... Letra muito engraçada e rimas legais do De Leve ou (Du Love). Com o perdão do trocadalho a letra é um verdadeiro MIX alcoólico além de ser bem humorada para este assunto tão sério.

De Leve – Caipirinha Man

Gramofocas: Depois prometo apresentar a banda! Os Gramofocas não fizeram só uma música alcoólica, mas um disco inteiro “Sempre Que Eu Fico Feliz Eu Bebo”. Eles têm ainda outras singelas canções como: “Quando eu for para a Irlanda”, “A filha do dono do Bar”. “Um gole aqui, um gole lá”, uma homenagem séria ao camarada russo "Viva Boris Yeltsin"“ e para fechar a mais clássica das clássicas “Porque existe a Ressaca meu Deus”

Gramofocas – Por que Existe Ressaca?

Os Cervejas: Banda de PsychoBilly de Curitiba da década de 90, Os Cervejas já entravam no palco pedindo água, digo cerveja. A múscia “Vou Vodka” mostra bem a proposta da banda.

O meu cérebro está carcomido pela vodka
O meu coração pulsa vodka
Fígado...vodka
Em todas partes do meu corpo o que se vê é vodka
O que eu quero, o que eu sou, o que eu vejo, é a vodka
Vou Vodka!!!
Em todas partes do meu corpo o que se vê é vodka
O que eu quero, o que eu sou, o que eu vejo, é a vodka
Toda minha vida por uma garrafa de vodka
Vou Vodka!!!

Vanguart: A música é “Cachaça” (veja o clipe no Blog). Não precisa dizer muito sobre o assunto. Mais direto impossível “Me atinge da pior maneira... como cânhamo ou cachaça certeira”.

Wander Wildner: A música “Quase um Alcoólatra” representa bem o caso em questão, embora não tenha sido composta pelo Wander Wildner, é dele a versão mais acústica, digo alcoólica:

Eu sei que eu ando bebendo demais,
Você já me disse.
Eu sei que eu ando caindo no chão,
E que isso causa uma má impressão

Outro clássico etílico, a música “Bebendo Vinho”, composta por Wander e eternizada pela banda Ira! Não contente Wander Lançou em 2006 um CD intitulado 10 anos “Bebendo Vinho” Porque também neste caso, quanto mais velho melhor! O vinho é claro.

Wander Wildner – Quase um Alcoólatra

Oasis: “Cigarettes and Alcohol” do álbum Definitely Maybe, de 1994, primeiro álbum da banda. Celebraram com cigs and alcs depois de virarem “Rockstars”

Is it my imagination
Or have I finally found something worth living for?
I was looking for some action
But all I found was cigarettes and alcohol

You could wait for a lifetime
To spend your days in the sunshine
You might as well do the white line
Cos when it comes on top . . .

You gotta make it happen!

Is it worth the aggravation
To find yourself a job when there's nothing worth working for?
It's a crazy situation
But all I need are cigarettes and alcohol!

John Lee Hooker: “One Bourbon, One Scotch, One Beer” sem comentários, pois não sáo necessarios! Blues, Blues Baby!

John Lee Hooker - One bourbon, one scotch, one beer

Nick Cave & The Bad Seeds: Depois de JLH, não sobra muita coisa para dizer, porém Nick Cave, que é fã declarado de Blues, e mais especificamente de JLH traz A música é “Brother, My Cup is Empty” do álbum Henry's Dream, é um apelo pelo último gole... Ou seja, a saidera!

O brother, buy me one more drink
I'll explain the nature of my pain
Yes, let me tell you once again
I am the captain of my pain

O brother, my cup is empty
And I haven't got a penny
For to buy no more whiskey
I have to go home

Nick Cave & Bad Seeds – Brother my Cup is Empty

Mais um! Mais um! Mais um...Okay mais duas então... Saidera e Derrubadeira!

Pinga – Pato Fú

Black Flag – TV Party

* Aprecie com moderação! Sempre.

Lançamentos da Semana: 2 x 1 (+ Rock)

Gostei desta história de escrever menos e dizer mais! Apresento dois lançamentos (desta semana) que valem à pena...

A Primeira é a Banda canadense CPC GANGBANGS, não é novidade, pois já estão a bastante tempo na estrada. Estilo meio pós-punk psicodélico. Acabam de lançar esta semana o CD “Kill Yourself For Rock N Roll” com um estilo meio punkoso de ser. Ouvi algumas músicas e gostei! Tire as suas próprias conclusões.

Dás antigas, vale a pena ouvir: “Gone Back”, “Suzane” e “Loose my Cool” e das novas (lançamento) dá uma olhada em: "Kill Yourself For Rock N Roll" e "Big City Blues"

CPC Gangbangs - "Teenage Crimewave"


A segunda Banda é The 5678'S aquela banda (garage rock) japonesa de garotas que apareceu tocando na trilha sonora de Kill Bill I, de 2003 – com a música "Woo Hoo". A banda foi formada em 1986 e o nome faz referência aos rocks dos anos 50, 60, 70 e 80. Elas já possuem sete albuns gravados e acabam de lançar um LP Duplo “Bomb The Rocks: Early Days Singles 1989 To 1996”. É um tipo de rockão bem esporrento... Beirando o rocka-psycobilly. Eficiente! Não se preocupe se não entender o inglês e as letras das músicas.

Confira as músicas: "Bomb The Twist" e "Guitar Date"

The 5678`s - "I´m Blue "

Rock Rock Rock

"E O ROCK´N ROLL BRASIL?"

O Ultrasound “dá três de uma vez só” e apresenta num só post três grandes bandas do Rock and Roll nacional que merecem respeito: Relespública, Rockassetes e Zefirina Bomba. Estas bandas vêm de três estados diferentes do Brasil (Paraná, Sergipe e Paraíba) e possuem em comum às mesmas características: 1) Valorizam o Rock, 2) Atitude Independente e 3) E Muita, mas muita competência musical.

[ Relespública ]

Relespública é uma banda de Curitiba, Paraná que faz Rock and Roll e ponto. Um rock honesto, direto e sem frescuras. São 20 anos de estrada fazendo parte da história no rock nacional. É sem dúvida a melhor banda de rock de Curitiba de todos os tempos (sem puxar o saco e sem desmerecer as demais).

A banda já possui cinco discos gravados e tocou em festivas nacionais de renome como no Rock in Rio 3, Curitiba Pop Festival e Abril Pró-Rock. Em 2006 gravou o DVD Especial MTV Apresenta e fizeram grandes shows com esta turnê! Tive a oportunidade de ver alguns destes shows em Curitiba (92 Degrees) e em São Paulo (Outs e Inferno) todos com a marca da Reles! Rock and Roll.

Ouça as músicas: “O Sol em Estocolmo”, “Mina Rock And Roll” e “Garoa e Solidão” para entender o que estou tentando dizer!

[ Rockassetes ]

Eles vêm de Aracaju, Sergipe, fazem um Rock and Roll esperto, com letras em português e excelentes arranjos. O estilo dos Rockassetes é o independente por sua natureza, porém a qualidade do som é digna de bandas já consagradas! Na estrada há quase dez anos o Rockassetes lançou em 2008 o seu primeiro LP oficial “Sobre garotas, discos e o tênis vermelho”, tocaram nos festivais Abril pró-rock (Recife) e no MADA-RN.

Ouvir Rockassetes é como fazer uma viagenzinha pelos anos 60, com uma trilha sonora do Rock Inglês (Kinks, Small Faces), porém o som soa como atualíssimo e diria que até rebuscado pelo capricho com os “backings vocais” e do instrumental sempre bem executado como deve ser quando a banda é honesta naquilo que se propõe a fazer e faz.

Ouça as músicas: “Os Discos que Você Falou”, “A Garota do Tênis Vermelho” e “As Flechas” e tire suas próprias conclusões sobre a banda.

[ Zefirina Bomba ]

É um trio Paraibano que usa violão todo fudido em vez de uma guitarra e faz um barulho desgraçado (nota sampleada do myspace, e muito peculiar para a apresentação da banda).

Zefirina Bomba tem mais de 16 anos de estrada, sempre com os pés no alternativo, a banda se destaca por um som rápido e certeiro! Ao vivo os shows são eletrizantes. Das bandas citadas acima (Reles e Rockas) Zefirina é a mais nervosa! O estilo musical é meio garage punk com neogrunge sem perder as características do rock direto! Algumas músicas, pela revolta e pela rapidez os torna quase hard-core. Sem mais delongas rock é rock e um, dois, três!

Tá plantado e germinado é o fruto amadurecendo no pé! É como o sonho de todo adolescente (que nunca quer ficar velho). Mais tarde vamos lembrar destes caros, ouvindo um CD/DVD/MP13 e confessar: - Os caras eram F***S mesmo.

Ouça as músicas: “Alguma Coisa por Aí”, “Dia Inteiro” e “Sobre a Cabeça” e é isso aí até quem não estava como fome pediu dois pratos ou melhor três!

“Rock'n Roll is soul-stirringly powerful and unpredictable, and there's nothing more important than that.”

Vanguart e o dia dos namorados

Eles vêm de Cuibá – Mato Grosso, desenvolveram uma reputação na cena indie nacional, são influenciados pelo folk, mais especificamente por Bob Dylan. Quem via os shows do Vanguart, no início, já previam que eles tiham algo de diferente, não eram só uns moleques querendo fazer sucesso! Os shows se tornaram verdadeiros "happenings". Lembro bem que antes dos shows, na padaria ao lado do clube, as galeras todas só falavam neles.

Em 2006 tiveram um videoclipe classificado para concorrer no prêmio de banda independente na MTV, época essa que mudaram para São Paulo. Tive a oportunidade de ver alguns dos shows da banda no Outs, junto com outras bandas legais como Feichecleres, de Curitiba e Ecos Falsos, de São Paulo.

Em 2008 o Vanguart lançou o CD/DVD para o Multishow, saindo assim do independente para outros ares! Mas sem perder suas raízes, o que é mais importante.

Ontem, em Maringá-PR, tive a oportunidade de ver o novo Vanguart, digo novo porque o que vi no palco, somente reforçou o que já era previsto! Os caras são demais... Músicos competentes, boa presença de palco e não se preocupam em fazer música pop, mas sim música de qualidade.

Abaixo um dos clipes que gosto, a música é Cachaça! Vai ouvindo aí! E feliz dia dos namorados...

A cobertura completa do show pode ser vista no site do sonicflower, que, aliás, está de parabéns pelo Maringá Rock e pelo Vanguart.

Gostou? Procure mais por: Bob Dylan, Ecos Falsos, Feichecleres, Indie

Construção – A música mais Punk da MPB.

Depois da publicação do último post, sobre o Mombojó, fiquei pensando muito sobre a MPB e sobre Chico, o Buarque! Obviamente pelo link do assunto, já que a banda Mombojó bebe na fonte Buarqueana como inspiração.

A música "Construção", de 1971, de Chico Buarque, foi composta e lançada sete anos após o golpe militar de 1964, exílios e do AI5* (Ato Inconstitucional N.º5 Leia mais ), transformando-se numa verdadeira porrada na cara da sociedade Brasileira.

Nesta mesma época, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram exilados em Londres e Chico viveu (auto-exílio) em Roma por 15 meses entre 1969 e 1970 para evitar maiores problemas com a ditadura militar, já que era um alvo certo, por sua postura político contestador e suas canções de protesto político nesta época da censura e da represão, onde toda arte era pré-classificada como subversiva até que se provasse ao contrário. Neste ambiente como pano de fundo, surgiu o disco e a música Construção, tornando-se um dos maiores clássicos de Chico.



A música tem relação direta com a arquitetura política do Brasil, é o manisfeto puro anti-ditadura, no entanto, é transvertida por uma bela poesia cantada de harmonia impecável. A narrativa perfeita de Chico (rimas ricas, proparoxítonas etc.) é capaz de levar o ouvinte mais desatento a uma reflexão, traçando paralelos entre a vida dura "realidade do homem simples" e os “momentos de prazer”, estes quase raros, onde a o trabalho árduo, a bebida barata, a família-refúgio e o amor carnal, servem como inspiração, como ás únicas coisas prazerosas da vida.

Pelo contexto, pela época e principalmente pelo efeito moral causado por uma manifestação cultural na época, acredito que Construção é quase que um hino Punk da MPB! E em sua opinião, qual a música mais punk da MPB? Concorda, Discorda ou quer uma corda?

Mombojó, Recife e a MPB

Falar de boa música é fácil, mais fácil ainda, quando temos a tecnologia com nossa aliada! Mais legal ainda é quando vemos a história passando diante dos nossos olhos e podemos compartilhar com outras pessoas as sensações e as impressões. Mombojó é uma banda de música brasileira, mais especificamente do Recife-PE. Podemos dizer que é ainda uma criança de pouco mais de sete anos de idade, mas que já tem uma vivência e experiência enorme em fazer música de qualidade com raízes no independente. O Mombojó nasceu e se estabeleceu durante-após-pós movimento efervescente cultural Manguebeat, iniciado por Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A no início dos anos 90. A música do Mombojó é arrojada, híbrida e contemporânea sem pudores de utilizar violão, guitarras, baixo, teclados, computadores, samples, cavaquinhos, escaleta, flauta e até toque de celular (vide absorva) tudo isso ao mesmo tempo ou em cada parte de uma mesma música. Impossível ficar indiferente ao som do Mombojó, que vai de bossa-nova, rock-epilepsia ou simplesmente um som para se ouvir e colar o ouvido para ver até onde vai a ousadia... Isto é muito comum nas músicas de Hip-Hop quando a batida é boa e a letra conta boas histórias.


Mombojó - Cabidela

Com apenas dois álbuns lançados, Nadadenovo, de 2004, álbum este que foi distribuído também através de uma revista em bancas de jornal e o Homem-Espuma, de 2006 o Mombojó figura no cenário nacional como uma grande promessa da safra de novas bandas que fazem música de qualidade. Tive oportunidade de ver dois excelentes shows do Mombojó em Curitiba, em maio de 2004, no extinto Curitiba Pop Festival, no seu auge, com apresentações do Teenage Fanclub e com a (quase) volta do Pixies e depois, na abertura TIM festival em São Paulo em 2006.

Dicas e truques: Estes dois álbuns estão disponíveis (completos) para Download em: http://mombojo.com.br/index.html

Gostou? Vai lá: Chico Science & Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Manguebeat, Pixies, Teenage Fanclub

The Maccabees - Garotos da Praia de Pedra

The Maccabees é uma banda indie de Brighton – a praia de pedra – no Sul da Inglaterra. Surgiram em 2004 com o CD de nome engraçado “You Make Noise I Make Sandwiches” (Você faz Barulho eu Faço Sanduíches) com apenas cinco músicas. Isso bem antes do primeiro hit e da primeira gravadora. Portanto já pode ser considerada uma nova banda velha, devido à velocidade que as coisas acontecem hoje. No ano passado, em Londres, tentei ver alguns shows, porém não consegui. Lotação esgotada em todas as apresentações.
A Banda lançou seu primeiro disco oficial em 2007 (Colour It In: Lançado em: 3 Ago 2007 com 13 faixas). Com músicas diretas e simples (mais da metade do CD possui menos de 3 minutos) este disco é bem legal, com destaque para as faixas: First Love, About your Dress e a excelente Precious Time. Veteranos?
Dois anos luzes depois, já em 2009 acabam de lançar um novo trabalho, desta vez, ainda mais consistente e maduro! Onde vamos parar? Estão apenas começando! Lançado em 04 de maio na Inglaterra Wall Of Arms: (Lançado por aqui em: 29 Mai 2009 com 11 faixas). O hit e pré-lançamento é a música Love You Better, uma grande música e feliz escolha para apresentar o novo CD. Este é uma trabalho que mostra um crescimento da banda (inclusive com temas e tons dramáticos), já existe na boca pequena até comparações com outras grandes bandas como Arcade Fire e com The Editors, porém são apenas opiniões e como diz meu amigo Alcir “opinião é igual pescoço, cada um teu o seu”, então tire as suas próprias e boa viagem!

Gostou?, Procure por: The Editors, Arcade Fire.

The End of Violence (1997) - Trilha Sonora

O filme The End of Violence (O Fim da Violência), de 1997, do diretor alemão Win Winders, nos presenteia com uma bela trilha sonora, que pode ser classificada de no mínimo eclética. Nas dezesseis faixas da edição nacional, encontramos vinhetas, trechos do filme como “define violence”, música eletrônica da melhor qualidade por DJ Shadow “Untitlesd Heavy Beat”, flertes com o pop rock, no dueto de Sined O´conor e Bono Vox “I am Not Your Baby”. A trilha também possui outro dueto entre Michel Stipe (REM) e Vic Chesnut na música “Injured Bird”, simples e eficiente. Completando a trinca, tem o genial Tom Waits com a perfeita “Little Drop of Poison” envenenando de vez os apreciadores da boa música. Um dos pontos altos da trilha é a balada do Spain "Every Time I Cry", com uma levada calma e melódica, beirando ao melancolismo Caveano - esta música poderia muito bem ter sido composta e cantada por Nick Cave, na época do Murder Ballads, seria perfeito – assim como é na trilha. Encerrando a apresentação e completando o ecletismo, a trilha sonora ainda conta com duas músicas na língua espanhola: Raul Malo "Bailare" e Los Lobos "Me Estas Matando" para fechar a conta. Esta é uma trilha que vale a pena ouvir, independente da qualidade do filme, eu particularmente ainda não vi o filme, mas ouço a trilha sempre que posso.

* Gostou?, Procure por: DJ Shadow, Ry Cooder, Spain, Tom Waits, Win Winders.

Nick Cave and The Bad Seeds - The Singer

Iniciando o baile, apresento um clássico do cancioneiro popular internacional - The Singer (Johnny Cash) "the real man in black" - numa maravilhosa cover do Nick Cave e seus Bad Seeds, lançada inicialmente no album Kicking Against the Pricks de 1986, que saiu este ano na europa em uma edição especial.

* Gostou? Procure mais em: Nick Cave and The Bad Seeds, Johnny Cash

Ultrasound - Kick Off

Introduzindo

O Anticoncepcional falhou, alguma coisa atrasou o futuro será o Ultrasound! Assim como sempre disse ao amigo Marceleza, o Nogueira, “a vida é um grande corredor com portas para serem abertas” então, vamos abrindo mais uma! Sem mais delongas, vamos ao que interessa! Neste Blog, iniciado a partir de agora, irei postar coisas que aprecio e que de alguma forma colabore para expandir os horizontes, mesmo que não sejam belos, com ênfase na cultura geral e especificamente nos assuntos que se relacionam com a boa música seja ela nova velha ou atemporal.